domingo, 20 de setembro de 2009

Química inorgânica na nutrição e na medicina

A química inorgânica é muito importante em nossas vidas, principalmente na nutrição e na medicina. Ela é a ciência que estuda os elementos químicos e substâncias da natureza (minérios, metais; em geral, os compostos que não possuem carbono (coordenados em cadeias)).

Química Inorgânica na Nutrição

· Sais: são muito importantes também, pois cada sal tem uma função diferente em que ajuda o organismo : Bicarbonato de sódio (NaHCO3): Antiácido; Carbonato de amônio (NH4)2CO3: Expectorante; Carbonato de lítio (Li2CO3): Antidepressivo; Cloreto de sódio (NaCl): Soro fisiológico; Iodeto de sódio (NaI): Fonte de iodo para a tireóide; Iodeto de potássio (KI): Fonte de iodo para a tireóide; Sulfato de ferro II (FeSO4): Fonte de ferro para anêmicos; Sulfato de magnésio (MgSO4): Laxante.
· Flúor: Os alimentos processados que foram preparados ou reconstituídos com água fluoretada; Sopas e ensopados feitos com peixe e ossos de carne bovina também fornecem flúor; Frutos do mar e fígado bovino são ricos em flúor;
· Fósforo: O fósforo tem numerosas funções críticas no organismo, está presente em todas as membranas celulares, integra a estrutura dos ossos e dentes, dando-lhes maior solidez; participa ativamente do metabolismo dos glicídios, atua na contração muscular, entre outras funções. O fósforo se faz presente em todos os organismos vivos, se encontra de forma natural em ossos, mas a maior concentração ocorre no metabolismo intermediário de açúcares. Leite e ovos possuem alto conteúdo de fósforo, e conseqüentemente derivados do leite como o queijo contém fósforo em quantidades satisfatórias em sua composição. Mas nem todo fósforo presente em nossa dieta tem origem natural, o polifosfato, por exemplo, está presente como aditivo alimentar em alimentos como presunto, frangos congelados pré-embalados. Essa substância retarda a rancidez de alguns produtos, porque são agentes quelantes poderosos e removem os íons ferro e cobre, que são responsáveis pela auto-oxidação de lipídios na carne.





Magnésio: é um mineral essencial para o corpo humano, necessário para mais de 300 processos biológicos muito importantes, deve ser incluído na dieta de pessoas que desejam evitar cãibra muscular, aliviar contusões, melhorar o funcionamento dos músculos e nervos e aumentar a densidade óssea. O corpo de um adulto apresenta, aproximadamente, 25 gramas des-se micronutriente que participa de centenas de reações metabólicas. O magnésio envolvido em funções como produção de ATP, contração muscular, produção de energia, síntese de DNA, RNA e proteínas, e transporte de ferro pela membrana celular.



Cloro: - É um dos mais importantes minerais na regulação da pressão os-mótica, pois o cloro ionizado, juntamente com o sódio, mantém o balanço aquoso;

- Participa no equilíbrio ácido-base e na manutenção do pH sangüíneo;

- O cloro secretado pela mucosa gástrica como ácido clorídrico acarreta a acidez necessária para a digestão no estômago e para a ativação de enzi-mas.

As principais fontes de cloro são: sal de cozinha, frutos do mar, leite, car-nes, ovos.
Selênio: é um mineral que atua no sistema imunológico e previne várias doenças, como anemia, infertilidade, envelhecimento precoce, esclerose múltipla, entre outras. O selênio possui ainda a capacidade de proteger as células contra possíveis efeitos de radicais livres e posterior aparecimento de doenças crônicas. Produtos derivados do trigo, carne bovina e de aves, contribuem para uma boa quantidade desse nutriente. Mas as fontes mais ricas são: castanha de caju, castanha-do-pará, germe de trigo, farelo de ce-reais, miúdos como fígado e rins, frutos do mar como atum, bacalhau e salmão.
Zinco: é encontrado em altas concentrações em tecidos animais como, por exemplo, em carnes magras e no fígado. Também está presente em gran-des quantidades na farinha de trigo integral, em ervilhas secas e nozes, o-vos, água potável, etc. Aproximadamente 100 enzimas dependem do zinco para realizar reações químicas vitais, ou seja, diversos aspectos do meta-bolismo celular são dependentes do zinco. Esse mineral tem papel impor-tante no crescimento, na resposta imune do organismo, na função neuroló-gica e na reprodução, além de muitas outras funções.



Química Inorgânica na Medicina

Alguns químicos que estudaram a química inorgânica na medicina

Seu uso vem sendo praticado há aproximadamente 5000 anos.
No Egito há 3000 a.C , o ouro era usado na fabricação de medicamentos , e na Arábia e na China há cerca de 3500 anos
No séc. XVI o médico suíço Theophrastus Paracelsus (1493-1541, Figura 1) de-senvolvia e usava medicamentos à base de mercúrio.
Nos últimos 100 anos foram empregadas de forma racional, as proprieda-des medicinais inorgânicas, em que foi usado ouro para tratar tuberculose, anti-moniais para leishmaniose, compostos à base de arsênio para a sífilis, etc.
Outra composto é o “cisplatina (arqueótipo de droga inorgânica)”, tal composto diminuiu o número de mortes de homens por causa de tumor de testículos.
A química inorgânica subdivide-se em duas categorias: compostos orgâni-cos e das drogas ou compostos usados em diagnósticos que já contém metais.
Compostos orgânicos podem ser usados como agentes quelantes para o trata-mento de excesso de íons metálicos, seja devido à intoxicação por metais exóge-nos (como por exemplo na intoxicação por chumbo),Estudos de drogas antitumo-rais à base de metais, como os análogos do cisplatina e outros complexos, agen-tes antimicrobianos, antiartríticos (como complexos de ouro), anti-hipertensivos,
(como complexos de ferro e rutênio), antivirais, suplementos minerais, compostos
de bismuto ativos contra a bactéria Helycobacter pylori, causadora da
úlcera, e antiácidos (por exemplo, Al, Na, Mg, Ca).
Enfim, são muitos os compostos inorgânicos usados na medicina, em que possuem funções muito interessantes em que beneficiam o organismo humano, além disso pôde ser observado que ela já foi muito usada em séculos anteriores e por ter tanto conhecimento da mesma, ela esta se desenvolvendo cada vez mais.

"Arrhenius, Lewis, Nernst e Van der Waals: substâncias e ligações"



Svante August Arrhenius (Vik, 19 de fevereiro de 1859 — Estocolmo, 2 de outubro de 1927) estudou na Cathedral School de Upsala, quando sua família se transferiu para esta cidade, ingressando na Universidade da mesma cidade quando tinha 17 anos. Posteriormente estudou na Universidade de Estocolmo. Ensinou classes de física na Escola Técnica Superior desta Universidade (1891-1895), alcançando o grau de catedrático na mesma (1895-1904). Em 1904 passou a dirigir o Instituto Nobel de Química e Física (1905-1927).
Sendo estudante, preparando-se para o doutorado na Universidade de Upsala, investigou as propriedades condutoras das dissoluções eletrolíticas, que formulou em sua tese doutoral.
Segundo sua teoria de dissociação eletrolítica, quando um composto molecular é dissolvido em meio aquoso, vai se dividindo em partículas cada vez menores. Se a divisão se limita às moléculas e esse composto não forma íons, o resultado é uma solução molecular, que não conduz eletricidade. Um exemplo disso é a amônia.
Em outros casos, porém, a divisão vai além de moléculas e estas dividem-se em partículas ainda menores, com carga elétrica, denominadas íons. Nestes casos, a solução conduz a corrente elétrica. Um exemplo disso é o NaCl.
Dissociação iônica é a separação dos íons de uma substância iônica, quando ela se dissolve na água. Ionização é a formação de íons na reação de uma substância molecular com a água, quando esta substância molecular nela se dissolve.
Baseado em suas conclusões, Arrhenius formulou a definição dos conceitos de eletrólitos e não-eletrólitos:
· Eletrólitos são as substâncias que, em solução aquosa, produzem íons, seja por dissociação iônica ou por reação com a água (ionização), conduzindo eletricidade. Ácidos, bases e sais são eletrólitos.
· Não-eletrólitos são as substâncias que dão soluções não-eletrolíticas ou moleculares.

· Soluções eletrolíticas são as que conduzem a corrente elétrica. São soluções iônicas. Ácidos, bases e sais dão origem a soluções eletrolíticas.
· Soluções não-eletrolíticas não conduzem a corrente elétrica e são soluções moleculares.
Estudos posteriores levaram Arrhenius a identificar os íons presentes nas soluções eletrolíticas. Assim, elaborou as seguintes definições:
· Ácidos são compostos que, em meio aquoso, sofrem ionização, reagindo com a água e produzindo como cátion o íon hidroxônio (H3O+).


· Bases ou hidróxidos são compostos químicos que, em solução aqusa, sofrem dissociação, liberando o ânion OH- (hidroxila).


· Sais são compostos com caráter iônico, que podem ser obtidos por uma neutralização de um ácido com uma base, já que esses dois últimos compostos apresentavam propriedades opostas. O ànion de um sal é proveniente de um ácido e o cátion é proveniente de uma base. Assim, sais são substâncias que em solução aquosa, sofrem dissociação iônica, liberando pelo menos um cátion diferente do H+ e pelo menos um ânion diferente do OH-

Posteriormente esta teoria foi aceita por todos, convertendo-se num dos pilares da físico-química, no ramo da eletroquímica. Sua concepção científica lhe valeu a obtenção do Prêmio Nobel de Química em 1903, "em reconhecimento dos extraordinários serviços prestados ao avanço da química através de sua teoria da dissociação eletrolítica”.
Em 1889, Aeehenius descobriu que a velocidade das reações químicas aumenta com a temperatura, numa relação proporcional com a concentração de moléculas existentes.
Em 1909 entrou como membro estrangeiro da Royal Society. Em 1911, durante uma visita aos Estados Unidos, foi condecorado com a primeira medalha Willard Gibbs e, em 1914, recebeu a medalha Faraday.



Gilbert Newton Lewis (Weymouth, 23 de Outubro de 1875 — Berkeley, 23 de Março de 1946) foi um químico americano.
Estudou na Universidade de Harvard e mais tarde em Leipzig e Göttingen, tendo dirigido o gabinete de pesos e medidas no Laboratório Governamental das Filipinas (1904-1905). De 1907 a 1912 foi professor de Físico-químico no Instituto de Tecnologia de Massachusetts. Em 1912 mudou-se para a Universidade da Califórnia, em Berkeley, onde foi professor de Química
e reitor até à sua morte.
Introduziu novos conceitos em termodinâmica e propôs o nome "fóton" para o quantum da radiação luminosa (1926
).
Um de seus trabalhos mais importantes foi o estudo em que deu explicações mais adequadas para as ligações químicas em compostos orgânicos
: a Regra dos Oito (1916). Lewis imaginava um átomo estático no interior de um cubo com elétrons nos vértices e propôs a idéia de que a estabilidade dos elementos era atingida quando o número total de elétrons na camada de valência fosse igual a 8 (ou 2, no caso do hidrogênio). Lewis também criou o termo “camada de valência” e associou-o à sua proposição, formulando sua teoria: “átomos tendem a ligar-se uns com os outros para adquirir a estrutura de um gás nobre”.
Em virtude desses trabalhos, Lewis associou o compartilhamento de elétrons a uma definição geral de ácido
e base:
· Ácido é uma substância capaz de receber um par de elétrons
· Base
é uma substância capaz de doar um par de elétrons.
Lewis também introduziu o desenho da camada de valência nos respectivos átomos, sendo esse novo conceito de fundamental importância na ligação iônica, o que acabou por facilitar a visualização da troca de elétrons entre os íons. A estrutura de Lewis é feita desenhando-se apenas os elétrons da última camada dos átomos.

Walther Hermann Nernst (Briesen, Prússia, 25 de junho de 1864 — Ober-Zibelle, 18 de novembro de 1941) foi um físico-químico alemão.
Estudou nas Universidades de Zurique, Berlim, Graz e Wurzburgo. Após trabalhar algum tempo em Leipzig exerceu o cargo de professor de física na Universidade de Gotinga a partir de 1891, onde em 1895, fundou o Instituto de Química, Física e Eletroquímica. Posteriormente, em 1905 transferiu-se para a Universidade de Berlim como professor e diretor do Instituto de Química Física desta Universidade. Em 1922 foi nomeado presidente do Instituto Fisicotécnico de Berlim-Charlottenburg, cargo que deixou em 1933. A partir daí se dedicou ao estudo da acústica e astrofísica. Participou da 1ª e 2ª Conferência de Solvay.
Desenvolveu o chamado "Teorema do calor", segundo o qual a entropia (grau de organização das moléculas) de uma matéria tende a anular-se quando sua temperatura se aproxima do zero absoluto, constituindo a terceira lei da termodinâmica. Por este trabalho, em 1920, foi condecorado com o Prêmio Nobel de Química.
Desenvolveu também uma teoria osmótica para explicar e determinar o potencial dos eletrodos de uma pilha de concentração, e formulou a lei da distribuição de uma matéria entre duas fases. Inventou a chamada “lâmpada de Nernst” cujo filamento (constituído por óxidos de zircônio e ítrio) se torna condutor quando aquecido, podendo alcançar temperaturas 1000°C, sendo usado como fonte de raios infravermelhos. Inventou uma microbalança assim como um piano elétrico, no qual utilizou amplificadores de rádio.


Johannes Diederik van der Waals (Leiden, 23 de novembro de 1837 — Amsterdã, 8 de março de 1923) foi um físico neerlandês que nasceu em Leiden, nos Países Baixos, filho de Jacobus van der Waals e Elisabeth van den Burg. Tornou-se professor escolar, e posteriormente foi autorizado a estudar na universidade, apesar da sua deficiência de educação no campo das idiomas clássicos. Estudou de 1862 até 1865, graduando-se em Matemática e Física. Era casado com Anna Magdalena Smit e teve três filhas e um filho.
Em 1866 tornou-se director de uma escola secundária em A Haia. Em 1873, obteve doutorado por sua tese intitulada "Over de Continuïteit van den Gas- en Vloeistoftoestand" (Sobre a continuidade do gás e do estado líquido). Em 1876, foi nomeado primeiro professor de física na Universidade de Amsterdam.
Ele tentou descobrir por que as equações de Robert Boyle e Jacques Charles não correspondiam exatamente à forma de comportamento dos gases e líquidos. Concluiu que o tamanho da molécula e a força que atuam entre elas afetam seu comportamento. Embora as moléculas de gás sejam extremamente pequenas, cada uma delas tem um tamanho diferente - circunstância que afeta o comportamento das moléculas de diferentes gases. As forças que atuam entre as moléculas de um gás são denominadas forças de van der Waals. Em virtude desse trabalho, Johannes van der Waals foi agraciado com o Nobel de Física de 1910.
Na química, o termo “forças de van der Waals” (também conhecida por forças de London, dipolo instantâneo-dipolo induzido) são forças intermoleculares formadas devido ao movimento da nuvem eletrônica e a consequente polarização das moléculas. As forças de van der Waals se diferenciam das pontes de hidrogênio e das interações dipolo-dipolo por ser a mais fraca em comparação a estas e atuar apenas quando as moléculas estão bem próximas umas das outras.
A força dipolo-instantâneo-dipolo induzido ocorre em moléculas apolares, se sua nuvem eletrônica estiver mais deslocada para um dos polos da molécula em determinado instante, pode-se dizer que se formou um dipolo instantâneo que gerou uma pequena força intermolecular. Ou seja, por um pequeno espaço de tempo apareceram dois pólos na molécula, que induzirão a formação de pólos em moléculas vizinhas.
Em 1873, van der Waals elaborou uma equação relacionando a pressão e a temperatura de um gás com o seu volume. Para ele, a pressão deveria ser um pouco maior do que previam as equações até então adotadas, devido às forças de atração entre as moléculas do gás. A equação de Van der Waals mostrou-se mais precisa do que as equações anteriores; por isso os cientistas aceitaram dessas forças. O raio de Van der Waals é a metade da distância entre o núcleo das moléculas vizinhas.

Triângulo - Pitágoras


Pitágoras de Samos foi um filósofo e matemático grego que nasceu em Samos entre cerca do ano 570 a.C. e 571 a.C. e morreu em Metaponto entre cerca do ano 496 a. C. ou 497 a.C.
Fundou uma escola mística e filosófica em Crotona (colônia grega na península itálica), cujos princípios foram determinantes para evolução geral da matemática e da filosofia ocidental cujo principais enfoques eram: harmonia matemática, doutrina dos números e dualismo cósmico essencial. Aliás, Pitágoras foi o criador da palavra "filósofo". Acredita-se que tenha sido casado com a física e matemática grega Theano
, que foi sua aluna. Supõe-se que ela e as duas filhas tenham assumido a escola pitagórica após a morte do marido.
Os pitagóricos interessavam-se pelo estudo das propriedades dos números - para eles o número (sinônimo de harmonia) era considerado como essência das coisas - é constituído então da soma de pares e ímpares, noções opostas (limitado e ilimitado), criando a teoria da harmonia das esferas (o cosmos é regido por relações matemáticas). Nessa cosmovisão também concluíram que a terra é esférica, estrela entre as estrelas que se movem ao redor de um fogo central. Para esta escola existiam quatro elementos: terra, água, ar e fogo. Alguns pitagóricos chegaram até a falar da rotação da Terra sobre o eixo, mas a maior descoberta de Pitágoras ou dos discípulos deu-se no domínio da geometria e se refere às relações entre os lados do triângulo retângulo. A descoberta foi enunciada no teorema de Pitágoras
.
Segundo esse importante teorema, “em todo triângulo retângulo, a soma dos quadrados dos catetos é igual ao quadrado da hipotenusa
”.
O primeiro número irracional a ser descoberto foi a raiz quadrada
do número 2, que surgiu exatamente da aplicação do teorema de Pitágoras em um triângulo de catetos valendo 1:
Os gregos não conheciam o símbolo da raiz quadrada e diziam simplesmente: "o número que multiplicado por si mesmo é 2". A partir da descoberta da raiz de 2 foram descobertos muitos outros números irracionais
.
Existem, no entanto, indícios de que o chamado Teorema de Pitágoras (c²= a²+b²) já era conhecido dos babilônios em 1600 a.C. com escopo empírico. Estes usavam sistemas de notação sexagesimal na medida do tempo (1h=60min) e na medida dos ângulos
(60º, 120º, 180º, 240º, 360º).
Pitágoras percorreu por 30 anos o Egito, Babilônia, Síria, Fenícia e talvez a Índia e a Pérsia, onde acumulou ecléticos conhecimentos: astronomia, matemática, ciência, filosofia, misticismo e religião. Ele foi contemporâneo de Tales de Mileto, Buda, Confúcio e Lao-Tsé
.
Quando retornou à sua cidade natal, Samos, indispôs-se com o tirano Polícrates e emigrou para o sul da Itália, na ilha de Crotona
, de dominação grega. Aí fundou a Escola Pitagórica, a quem se concede a glória de ser a "primeira Universidade do mundo".

Os pitagóricos também afirmaram que a soma dos divisores de determinado número com exceção dele mesmo, é o próprio número.
Exemplos:
1. Os divisores de 6 são: 1,2,3 e 6. Então, 1 + 2 + 3 = 6.
2. Os divisores de 28 são: 1,2,4,7,14 e 28. Então, 1 + 2 + 4 + 7 + 14 = 28.

Laplace: contribuições para a mecânica

Pierre-Simon Laplace (1749 -1827) Pierre Simon Laplace nasceu no dia 23 de março em Beumont-en-Auge, na França. Matemático francês, desenvolveu os Fundamentos da Teoria do Potencial e fez importantes contribuições à mecânica celeste e à teoria das probabilidades. Foi tão famoso em seu tempo que ficou conhecido como o "Newton da França".Entre suas obras, duas merecem destaque: Traité de Mécanique Céleste,que contém cinco volumes e compreende toda a mecânica celeste da época, tendo inclusive muitas contribuições do próprio Laplace. Laplace generalizou as leis da mecânica para sua aplicação ao movimento e às propriedades de corpos celestes, por isso precisou e desenvolveu resultados em cálculo de várias variáveis. Seu famoso tratado foi assunto citado anteriormente intitulado Mécanique celeste.

Théorie Analytique des Probabilités, que traz o cálculo através do problema da agulha de Buffon – que ficou conhecido como problema de Buffon-Laplace – e também a transformada de Laplace que é muito útil na resolução de equações diferenciais. Seu nome está ligado à hipótese nebular de cosmogonia, à equação de Laplace da teoria do Potencial – embora Laplace não fosse pioneiro nesses dois assuntos; à chamada transformada de Laplace, que posteriormente se tornaria a chave do cálculo operacional de Heaviside, e ao teorema de Laplace da teoria dos determinantes.
As contribuições de Laplace não foram apenas sobre equações de diferenças e equações diferenciais, examinou, ainda, aplicações da matemática na astronomia e na teoria da probabilidade, dois assuntos em que trabalhou por toda a vida.Definiu, ainda, um programa de pesquisa nas áreas de mecânica celeste e probabilidade em que trabalharia para sempre.


O primeiro volume do "Mecânica Celeste" está dividido em dois livros, o primeiros sobre as leis gerais do equilíbrio e movimento dos sólidos e também dos fluídos, enquanto que o segundo é sobre a lei da gravitação universal e os movimentos dos centros de gravidade dos corpos no sistema solar.O segundo volume lida com a mecânica aplicada ao estudo dos planetas.

Gregor Mendel: Princípios da Hereditariedade



Mendel nasceu de uma família alemã em Heinzendorf, Silesia, então parte do império austríaco e atual República Tcheca. Religioso e botânico austríaco cujo nome completo era Gregor Jonhann Mendel (1822-1884). No dia 6 de janeiro de 1884 morreu o obscuro abade de um obscuro mosteiro na cidade de Brno, na Morávia. Sua vocação científica desenvolveu-se paralela à vocação religiosa.
Os seus dois grandes trabalhos, hoje clássicos, são: Ensaios sobre a Hibridação das Plantas e Sobre Algumas Bastardas das Hieráceas Obtidas pela Fecundação Artificial. As leis de Mendel (ou mendelismo) são a base da moderna genética e foram estabelecidas a partir do cruzamento de ervilhas. Suas observações também o levaram à criação de dois termos que continuam sendo empregados na genética moderna: dominante e recessivo
Ao realizar experimentos com sete características diferentes de variedades puras de ervilhas, Mendel deduziu a existência de unidades hereditárias, que atualmente chamamos de genes, os quais expressam, freqüentemente, caracteres dominantes ou recessivos. Por sete anos, de 1856 a 1863, Mendel cruzou e produziu híbridos de plantas com características distintas - plantas altas com plantas anãs, ervilhas amarelas com ervilhas verdes e assim por diante. Ele observou com surpresa que tais características não são diluídas nem resultam em meio-termo, mas se mantêm distintas: o rebento híbrido de uma planta alta e de uma anã era sempre alto, não de tamanho médio.

Conceitos Introdutórios

Linhagens puras – (homozigóticas) definem-se por terem sempre, durante várias gerações, descendentes com a mesma forma.

Fenótipo – característica detectável que resulta da manifestação do genótipo (um ou mais caracteres).
Genótipo – composição alélica específica de um indivíduo, para um dado gene ou para um grupo de genes.
Alelos – genes responsáveis pela mesma característica fenotípica e situados no mesmo par de cromossomas homólogos – no mesmo locus.
Gene – fragmento funcional de DNA, cuja atividade pode originar o aparecimento de um fenótipo observável.
Locus – lugar no cromossoma que ocupam os alelos para uma mesma característica.
Homozigótico – indivíduo que para um dado caracter apresenta um gene com alelos iguais.
Heterozigótico – indivíduo que para um dado caracter apresenta genes diferentes, um dominante e outro recessivo.
Hemizigótico – termo usado para genes ligados ao cromossoma X no homem e em outros seres vivos que só tenham um cromossoma X.
Cromossoma – composto por uma única molécula de DNA. Extremamente longa e associada a proteínas.
Cromatina – complexo formado por DNA e proteínas que constitui os cromossomas das células eucarióticas.
Autossomas – cromossomas não sexuais.
Heterossomas – cromossomas sexuais.

Primeira Lei de Mendel/Lei da Segregação Independente dos Fatores

Gregor Mendel foi o primeiro cientista da história a estudar a hereditariedade.
Em suas pesquisas, ele obteve êxito em relação
aos demais cientistas, devido à escolha de um material de pesquisa adequado, utilizou métodos que empregava as ervilhas de linhagens puras, observando uma característica de cada vez e não todos ao mesmo tempo, como fizeram alguns dos seus antecessores. Interpretou os dados de suas experiências, utilizando análises estatísticas de modo que obteve resultados quantitativos sobre suas pesquisas. Gregor Mendel escolheu Pisum sativum (ervilha-de-cheiro), uma planta de fácil cultivo e que produz muitas sementes, conseqüentemente, grande número de descendentes; sua flor é hermafrodita e reproduz por autofecundação.Ele procurou selecionar as plantas puras, observando por diversas gerações (cerca de seis gerações, mais ou menos, dois anos) se as características destas plantas sofreriam mudanças. Após atestar que as ervilhas eram puras, Mendel cruzou plantas que produziam sementes lisas com plantas que produziam sementes rugosas, essas plantas foram o marco inicial para as pesquisas de Mendel. A primeira geração destes cruzamentos, que deu o início à experimentação, foi chamada de geração parental ou geração de pais, representada pela letra P. Os descendentes da geração P constituíram a geração F1 ou a primeira geração de filhos. Mendel observou que o resultado de F1 foram ervilhas com sementes lisas, ou seja, as sementes rugosas não apareceram, Mendel chamou as plantas resultantes de híbridas, já que estas plantas eram descendentes de pais com características diferentes (sementes lisas e rugosas). A seguir, Mendel permitiu a autofecundação das plantas resultantes em F1 e analisou os seus descendentes, chamados de F2. O resultado apresentou que cerca de 75% das descendentes apresentavam sementes lisas e 25% rugosas. Baseado em suas pesquisas, Mendel concluiu que os genes dominantes se manifestavam na geração F1 e que os genes recessivos eram aqueles que suas características permanenciam “escondidas” em F1 e só apareciam na geração F2.

Segunda Lei de Mendel/Lei da Segregação Independente dos Caracteres

Além de estudar isoladamente diversas características fenotípicas da ervilha, Mendel estudou também a transmissão combinada de duas ou mais características. Em um de seus experimentos, por exemplo, foram considerados simultaneamente a cor da semente, que pode ser amarela ou verde, e a textura da casca da semente, que pode ser lisa ou rugosa. Plantas originadas de sementes amarelas e lisas, ambos traços dominantes, foram cruzadas com plantas originadas de sementes verdes e rugosas, traços recessivos. Todas as sementes produzidas na geração F1 eram amarelas e lisas.

Com base nesse e em outros experimentos, Mendel aventou a hipótese de que, na formação dos gametas, os alelos para a cor da semente (Vv) segregam-se independentemente dos alelos que condicionam a forma da semente (Rr). De acordo com isso, um gameta portador do alelo V pode conter tanto o alelo R como o alelo r, com igual chance, e o mesmo ocorre com os gametas portadores do alelo v. Uma planta duplo-heterozigota VvRr formaria, de acordo com a hipótese da segregação independente, quatro tipos de gameta em igual proporção: 1 VR: 1Vr: 1 vR: 1 vr. Mendel concluiu que a segregação independente dos fatores para duas ou mais características era um princípio geral, constituindo uma segunda lei da herança. Assim, ele denominou esse princípio segunda lei da herança ou lei da segregação independente, posteriormente chamada segunda lei de Mendel: Os fatores para duas ou mais características segregam-se no híbrido, distribuindo-se independentemente para os gametas, onde se combinam ao acaso.